São Paulo, Setembro de 2025 – Diante da guerra tarifária iniciada pelos EUA e pela China que atinge o Brasil de forma direta e incisiva, a diversificação de mercados para importações e principalmente para as exportações brasileiras virou estratégia vital para manter o crescimento planejado que não considerava tal cenário com prejuízos para as empresas e para a geração e manutenção de empregos.
Porém como todos sabem ou devem imaginar, a diversificação de mercados não é algo simples ou que aconteça do dia para a noite porque envolve muito mais do que somente o redirecionamento de mercadorias que antes iriam para um determinado país e agora serão enviadas para outro país.
Diversificar as importações brasileiras, ou seja, procurar novos fornecedores em outros países já é um desafio surreal porque implica em identificar e certificar empresas que fabriquem os mesmos padrões dos produtos e insumos que são importados para o Brasil, mas para os exportadores brasileiros – principalmente os que dependem mercadologicamente dos EUA – o desafio é muito maior.
Dois exemplos que são considerados simples para quem está acostumado com o comex brasileiro corroboram essa visão que são a necessidade de readequar embalagens, com novos idiomas, necessidades, grafismos e leis pertinentes a cada país de destino e; as exportações de produtos alimentícios que por exemplo para serem vendidos para países que seguem a religião Islâmica, precisam do certificado HALAL que é um “selo de qualidade” emitido por um órgão especializado que atesta que um produto ou serviço está em conformidade com as leis e regulamentos do Islamismo.
Esses dois exemplos servem como panorama inicial dos desafios para quem precisa diversificar mercados, mas não param por aí porque também tem toda a parte logística e financeira, afinal um cenário é exportar sempre para os EUA, outro cenário é exportar para a Europa, Ásia ou África, necessitando de novas rotas, contratação de novos prestadores de serviços e eventualmente até a criação de um escritório no país de destino para facilitar e consolidar a operação.
Então inovar parece a única saída e melhor estratégia? Sim, certamente porque a inovação nesses casos apoia a mudança rápida de estratégia e de alcance de novos mercados, permitindo que a tão desejada diversificação de mercados ocorra de forma ordenada, dentro das regras de compliance de cada empresa, mas também aconteça rapidamente, evitando maiores percalços dos os que já foram apurados.
CONFIRA 3 DICAS IMPORTANTES PARA QUEM QUER OU PRECISA INOVAR PARA DIVERSIFICAR MERCADOS
1. Inovação de Processos e Procedimentos: que quando mais ágeis e estrategicamente focados nos novos mercados a serem comercializados os produtos e serviços, permitem agir de forma exata e rápida, testando e adaptando produtos, embalagens, campanhas de marketing, roteiros logísticos de distribuição, entre outros pontos necessários para a diversificação de mercados, ao mesmo tempo que também atua conciliado com as regras de compliance de cada empresa e ainda com as legislações vigentes nos países de destino;
2. Inovação com softwares corporativos: criam cenários flexíveis e conectados que permitem apurar dados dos mercados estudados e fornecer insights poderosos que aliados com o histórico dos processos de exportação, entregam resultados que impulsionam a recuperação econômica para as empresas mais atingidas pela guerra tarifária;
3. Comitê de inovação para diversificação de mercados: conecta cérebros e ideias de profissionais especialistas com histórico de conhecimento dos negócios de cada empresa, ou seja, quando os times de Comex, Marketing, Logística, Vendas, Finanças, Logística, T.I e Compliance atuam juntos, cada um com seu representante, é possível identificar soluções que antes passavam despercebidas e agora podem se transformar em oportunidades que alavancam a tal busca da diversificação de mercados!
[*] Alexandre Gera é Diretor-Executivo e um dos Fundadores da DigiComex. O executivo conta com mais de 30 anos de experiência no segmento de softwares de comex, incluindo passagens marcantes pela Vastera [ex Bergen], Softway [atual Thomson Reuters] e Sonda IT como um dos Gestores do aplicativo SAP-CE, 1o ADD-ON da SAP no Brasil e 1o Software de Comex homologado oficialmente pela Fabricante Alemã de ERPs.