São Paulo, Julho de 2025 – As Tax Wars ou já popularmente chamadas de Guerras Tarifárias desembarcaram de vez no Brasil com o anúncio do presidente norte-americano Donald Trump em 09 de Julho de 2025, taxando os produtos brasileiros que são importados pelos EUA em 50%, afetando diretamente as exportações brasileiras, empresas, profissionais, processos, procedimentos, softwares, entre outros pontos vitais para o crescimento dos negócios na economia brasileira.
Com um roteiro digno de Star Wars, logo após o anúncio do presidente norte-americano Donald Trump, o presidente brasileiro Lula respondeu via redes sociais que comprará o jogo, retaliando as importações Norte-Americanas que são enviadas para o Brasil, parecendo que a política sobrepôs a diplomacia que rege o mundo dos negócios internacionais e que sempre interfere nas economias nacionais, ou seja, os EUA se prejudicam inclusive no café da manhã, sem o nosso suco de laranja, além de outros produtos e insumos, ao mesmo tempo que os brasileiros passam a pagar muito mais caro por produtos norte-americanos, que vão desde aparelhos eletro-eletrônicos, tecnologia em geral, até equipamentos médicos, carros, entre outros produtos, mas principalmente para insumos e maquinários para as indústrias brasileiras.
Estamos falando que segundo o MDIC, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 40,33 bilhões, representando uma alta de 9,2% em relação a 2023, já as importações brasileiras que vieram dos EUA foram de US$ 40,58 bilhões, ou seja, mais 6,9% de importações quando comparado com 2023, criando um saldo bilateral deficitário de US$ 253 milhões para o Brasil, ou seja, o Brasil importou um pouco mais do que exportou para os EUA.
O fato é que por mais que se o Brasil retaliar os EUA com 50% de imposto de importação, matematicamente falando, os EUA acabam “perdendo mais dinheiro”, politicamente e diplomaticamente o prejuízo é maior para o Brasil que poderia tratar de forma diplomática sem um aceno de “olho por olho, dente por dente”.
Os principais destaques da balança de 2024 foram produtos como petróleo bruto, um dos produtos mais exportados, representando 14% das exportações brasileiras para os EUA e entre as importações, os principais itens importados para o Brasil foram motores e máquinas (15%), óleos combustíveis (9,7%) e aeronaves e peças (4,9%). Confira o gráfico que representa esses números:
Balança Brasil × EUA 2024
Exportações → |■■■■■■■■■■■■■■■■■| 40,33
Importações ← |■■■■■■■■■■■■■■■■■■| 40,58
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Saldo Bilateral: –0,25
É perceptível que essa disputa não durará muitos meses ou até mesmo semanas, mas o fato é que traz incertezas para profissionais e empresas brasileiras, já diante de uma queda do índice da bolsa de valores brasileira e o aumento do dólar, pressionando custos e inflação em um ambiente que já tem bastante preocupação como a Reforma Tributária e para quem é de Comex, a nova lei do Catálogo de Produtos da DUIMP, além das outras guerras ao redor do mundo que estão inflando os custos dos fretes internacionais e aumentando a oscilação do dólar que é a moeda forte usada para negociações internacionais.
Com a ameaça fantasma se comprovando ao longo desse horizonte quase galáctico de tanta mudanças rápidas e tecnológicas não existem espadas a laser, Darth Vader ou naves espaciais, mas sim profissionais que são Jedis com muita atenção e informações atualizadas rapidamente para tomarem as melhores decisões e é aí que a DigiComex compartilha com todos quais são os impactos para a economia brasileira, mas também quais são as dicas para as empresas brasileiras encontrarem o equilíbrio entre a as negociações diplomáticas e a proteção da economia até o fim de 2025.
Mas quais são os impactos diretos na economia brasileira e quais as consequências da Tax Wars que podem ser profundamente amplas?
1. As exportações brasileiras são ameaçadas nos segmentos de aço, alumínio, carne e até tecnologia por causa dos altos custos finais para as importações que são realizadas em solo norte-americano;
2. Com a taxa de 50% e alta do dólar no Brasil, insumos, produtos e maquinários importados ficam mais caros, inflacionando os preços e a economia brasileira;
3. A insegurança jurídica e fiscal com as retaliações, fazem empresas e profissionais brasileiros enfrentarem uma galáxia de incertezas, afastando investimentos e praticamente drenando quaisquer planejamentos estratégicos mais exatos;
4. A influência na bolsa de valores brasileira não prejudica somente investidores, mas também cria um risco sistêmico com fuga de capitais e a volatilidade financeira que podem afetar desde exportadoras até indústrias do Brasil que dependem de componentes importados.
E quais são as dicas para que a força esteja com as empresas e profissionais de Comex?:
1. Tecnologia é a Nova Esperança: No meio desse conflito estrelar, as empresas e profissionais brasileiros precisam agir com resistência para serem rápidos, colaborativos, focados e baseados em inteligência tecnológica;
2. A simulação de cenários tributários, tarifários, logísticos e mercadológicos em tempo real com a apuração de dados internos e dos contextos externos, impulsiona exportadores brasileiros a pesquisarem e desbravarem rotas alternativas e clientes fora dos EUA para evitarem a dependência comercial;
3. A automatização de processos, incluindo a parte fiscal, com softwares governamentais e a integração com departamentos comerciais, fiscais e logísticos, garantem segurança para mudanças bruscas e repentinas que, quando bem administradas, entregam vantagens competitivas para empresas e profissionais que acreditaram na força;
4. Soluções tecnológicas avançadas e inovadoras como a DigiComex ampliam os poderes Jedis dos profissionais de Comex, mas também de T.I – porque é 100% em nuvem, visual e flexível – mas principalmente conectando toda a galáxia da Global Supply Chain com seus aviões, navios e caminhões, criando uma sinergia para decisões rápidas e certeiras!
Empresas e profissionais que querem sobreviver e prosperar nessa galáxia da Global Supply Chain precisarão:
1. Automatizar a operação de comércio exterior;
2. Monitorar mudanças regulatórias globalmente com foco no Brasil por causa dos desafios tributários, legais e logísticos;
3. Investir em inteligência de dados para tomar decisões rápidas e exatas;
4. Buscar novos clientes em novos mercados, reduzindo a dependência dos EUA.
Enfim, como diria Mestre Yoda: “O medo leva à raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento.” No Comex atual, o medo da mudança paralisa, mas a inovação abre caminhos.
Que a força esteja com você através da inovação, tecnologia e processos focados nas suas necessidades e nos targets da sua empresa!
[*] Alexandre Gera é Diretor-Executivo e um dos Fundadores da DigiComex. O executivo conta com mais de 30 anos de experiência no segmento de softwares de comex, incluindo passagens marcantes pela Vastera [ex Bergen], Softway [atual Thomson Reuters] e Sonda IT como um dos Gestores do aplicativo SAP-CE, 1o ADD-ON da SAP no Brasil e 1o Software de Comex homologado oficialmente pela Fabricante Alemã de ERPs.