São Paulo, Junho de 2024 – A Tragédia ocasionada pelas Chuvas, Inundações e Deslizamentos no Estado do Rio Grande do Sul atingem Corações e Mentes de Todo o Brasil e também de Todo o Mundo. É Comovente o Contexto de Apoio oferecido por Iniciativas Particulares, de Empresas e Pessoas que convergem Interesses e perdoaram Rixas para moverem um dos Maiores Estados do Brasil de volta para o Contexto Sócio Econômico Global.
À medida que Todos Nós Brasileiros lamentamos a perda de Vidas e avaliamos os Danos causados pela Catástrofe, é importante entender como este Evento repercute em vários Segmentos, incluindo as Importações e Exportações Brasileiras. Segundo a UOL, em 7 de Maio, a Portos RS informou que mantém suas operações normais no Porto do Rio Grande, onde as Operações não foram Afetadas pela elevação do nível da Lagoa dos Patos porque a Correnteza no Canal de acesso ao Porto do Rio Grande estava favorável para o escoamento da Água com uma Velocidade Aproximada de 5,55 Km/h, porém Em Porto Alegre as Operações foram paralisadas para manutenção do Nível do Lago Guaíba que está acima da Cota de Inundação e o Porto de Pelotas interrompeu as Operações de Embarque de Toras para a CMPC por causa das Condições Climáticas.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho segue alagado e é óbvio que Executivos e Executivas não estão transacionando entre empresas, impedindo o Planejamento, Execução e Entrega de Negócios de Importação e Exportação em um Mundo Globalizado há décadas. Recentemente a Base aérea em Canoas foi transformada em Aeroporto Comercial e recebeu o 1º voo comercial, depois do Shopping vizinho ter sido transformado em um Ponto de Embarque improvisado. Segundo reportagem publicada pelo Portal G1 e pela RBS TV, a Expectativa é de que sejam operados até cinco voos diários no local provisório, já que o Salgado Filho em Porto Alegre não recebe voos desde 3 de maio e é antecipado dizer que pode voltar até Setembro.
EMPRESAS IMPACTADAS
Relatos de pelo menos oito Empresas de Capital Aberto na Bolsa Brasileira informaram que foram afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Ou seja, estamos falando de Grandes Grupos Empresariais como a Marcopolo, WEG, Braskem, Gerdau, Rumo, Azul, GOL e 3Tentos que informaram que algumas de suas Atividades tiveram que ser paralisadas. Segundo Especialistas, Empresas como a BRF podem perder até 9% no Ebitda do Segundo Trimestre por causa dos Impactos em Frigoríficos.
Indústrias de Tecnologia como a Fabricante de Injeções Eletrônicas Modulares FuelTech também estão dando uma verdadeira aula de Reinvenção, Resiliência e Foco. Nas Redes Sociais, eles compartilham fotos do Fundador e CEO Global, Anderson Dick, dentro da água, salvando sua Fábrica e Carros da sua Coleção como um Delorean [Sim, o Carro do Filme De Volta para o Futuro] e uma das Mercedes Benz que foram do Tricampeão Ayrton Senna. Para se ter uma ideia, em poucos dias, a FuelTech construiu uma Nova Sede Provisória e continua abastecendo o Mercado Brasileiro e também Global, já que a Empresa é uma Forte Exportadora.
Outras Empresas de Tecnologia como a SAP que tem o SAP Labs – Centro de Inovação da Famosa Desenvolvedora Alemã de ERPs – em São Leopoldo, também responderam rapidamente, intensificando a flexibilidade e organizando Acomodações seguras para abrigar os Colaboradores que sofrem com esse Desastre.
OUTROS IMPACTOS NA ECONOMIA
Em relatórios reportados pelo Site Infomoney, o JPMorgan e a XP Investimentos apontaram que os efeitos sobre o Produto Interno Bruto [PIB] e sobre a Inflação tendem a ser menores, já que o Estado do Rio Grande do Sul responde por aproximadamente 8,6% do peso atual da Inflação e representou 6,5% no PIB do Brasil em 2021.
Mas um Ponto Crítico está relacionado com a Produção de Arroz, já que o Rio Grande do Sul é responsável por aproximadamente 70% da produção nacional. Ainda segundo o Time da XP Investimentos, é estimado que cerca de 5% da produção doméstica possa ter sido comprometida e esse é um Número Bastante Relevante. Produtores de Soja, Trigo e Milho também apontam para um aumento nos Custos e Preços praticados nos próximos meses.
Seguradoras também enfrentam Momentos Desafiadores que nunca foram previstos para o Brasil, apontando para o que pode ser o maior Incidente com Sinistros da história do país. Ou seja, o Sinistro é quando uma Pessoa ou Empresa, paga por um seguro e precisa receber a Indenização da Seguradora porque teve algum Problema ou Perda Total.
Diante deste cenário catastrófico, é possível afirmar que sim, as Exportações e Importações Brasileiras devem ser afetadas temporariamente até a reconstrução de Estradas, Aeroportos, Fábricas e Empresas Prestadoras de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul e Palavras como Foco, Resiliência, Empatia, Admiração e Flexibilidade fazem mais parte do que nunca do repertório de Todos os Brasileiros, mas principalmente dos Nossos Irmãos Gaúchos.
PREVISÕES PARA O SEGUNDO SEMESTRE DE 2024
1. Impacto na infraestrutura e a Supply Chain:
O Rio Grande do Sul é um Polo Exportador e Importador Brasileiro por causa da sua Localização Estratégica e Infraestrutura, mas a Tragédia atingiu gravemente Estradas, Ferrovias, Portos e Aeroportos, dificultando a circulação de Mercadorias e provocando Atrasos e Desafios para Empresas de Comex, mas também para as Empresas que compram e vendem no Mercado Nacional.
2. Redução das Exportações:
Os estragos causados pela Tragédia reduziram a capacidade de Escoar Mercadorias para Exportação no Brasil, reduzindo o Volume de Embarques para o exterior, criando um cenário a longo prazo de perda de Receitas, redução de Marketshare e da competitividade Global.
3. Aumento de custos:
As consequências da tragédia aumentaram os Custos dos Exportadores Brasileiros, incluindo despesas relacionadas com o redirecionamento dos Embarques, a identificação de Rotas de Transporte Alternativas e a reparação das próprias Fábricas e Escritórios, tornando as margens de Lucro e Produtos Brasileiros menos Competitivos nos Mercados Internacionais.
4. Desequilíbrio entre oferta e demanda:
A redução e eventual interrupção nas Exportações do Rio Grande do Sul cria um desequilíbrio entre Oferta e Demanda, especialmente para Commodities como produtos Agrícolas e Minerais, criando flutuações de Preços e Alta Volatilidade, atingindo tanto Produtores como Consumidores Brasileiros, mas também em todo o Mundo.
5. Esforços de resposta e recuperação do governo:
Com tantos desafios, as Empresas Brasileiras e o Governo tem tomado Medidas e mobilizado Recursos para agilizar a recuperação e restauração da Infraestrutura do Rio Grande do Sul, mesmo com Todos sabendo que esses Esforços levarão Tempo e Investimentos que impactam a Médio e Longo Prazo a Economia Brasileira e consequentemente as Exportações e Importações.
DICAS PARA ESSE DESAFIO
Então como Planejar um Futuro que se provou praticamente imprevisível?
Conforme o Rio Grande do Sul e o Brasil se recuperam dessa Tragédia, é Vital que as Empresas se preparem substancialmente para Mudanças Repentinas e Drásticas, explorando Estratégias Alternativas que mitigam o impacto nas Importações e Exportações, mas também as Entregas das Compras e Vendas feitas em Território Nacional, incluindo a diversificação nas Cadeias de Abastecimento e o fortalecimento do Investimento em Infraestruturas Resilientes com Tecnologias que melhoram a Eficiência Logística.
Flexibilidade de Processos e principalmente de Tecnologias, incluindo as lições aprendidas na Pandemia de COVID 19 como o Trabalho Remoto são fundamentais para manter as Operações Competitivas e ao mesmo tempo preparadas para mudarem rapidamente. Uma das Estratégias mais Poderosas para atingir essa Visão Priveligiada, é mudar antes dos Acontecimentos, ou seja, “precavendo antes de remediar”, e para isso a Apuração Rápida de Dados On-Line e Realtime é essencial para as Melhores Decisões.
Portanto é possível afirmar que a tragédia no Rio Grande do Sul é um duro lembrete da Vulnerabilidade da Infraestrutura em relação aos Desastres Naturais e Acontecimentos Imprevistos; E embora o caminho para a recuperação possa ser longo e desafiador, é imperativo que as Empresas e os Políticos trabalhem juntos para Reconstruir e Fortalecer a Resiliência que garante a Continuidade das Atividades de Importação e Exportação do Brasil no Cenário Global, bem como assegurar as Entregas das Compras e Vendas realizadas no Mercado Nacional.
Algumas Dicas que ajudam as Empresas e Profissionais a preverem Acontecimentos Imprevistos são:
1. Tecnologias Desenvolvidas há mais de 20 anos não são Flexíveis;
2. Processos Flexíveis Co-Criados por Especialistas em conjunto com os Profissionais que gerenciam a Operação e também os que atuam no Dia-a-Dia;
3. Tecnologias que conectem On-Line e Realtime todos os Players e Interlocutores das Estratégias e Negócios;
4. Gestão Visual para um Mundo Globalizado, ou seja, a Famosa Semiótica -a Ciência que estuda e cria Símbolos – potencializa e aumenta a Exatidão das Comunicações e Decisões em uma “Torre de Babel” que envolve Profissionais que falam e escrevem Inglês, Português, Espanhol, Mandarim, entre outros Idiomas e milhares de Gírias Corporativas.
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[*] Alexandre Gera é Diretor-Executivo e um dos Fundadores da DigiComex. O executivo conta com mais de 25 anos de experiência no segmento de softwares de comex, incluindo passagens marcantes pela Vastera [ex Bergen], Softway [atual Thomson Reuters] e Sonda IT como um dos Gestores do aplicativo SAP-CE, 1o ADD-ON da SAP no Brasil e 1o Software de Comex homologado oficialmente pela Fabricante Alemã de ERPs.